Dora Kalff, a criadora dessa abordagem terapêutica, enfatizou a importância do uso da caixa de areia como um espaço livre e protegido, possibilitando aos pacientes o contato com o inconsciente e a expressão de experiências pré-verbais e energias bloqueadas. Em sua prática clínica, percebeu que o efeito dessa expressão ativa energias regeneradoras, restaurando o funcionamento natural da psique e curando ferimentos e desequilíbrios que possam ter ocorrido na vida do paciente. Além disso possibilita uma expansão do ponto de vista consciente, podendo levar a uma transformação da personalidade.
Dora Kalff se refere à cura no contexto da terapia com a Caixa de Areia, como um fenômeno não racional, de nível pré-verbal. Enquanto a psicoterapia verbal analítica, que trabalha com interpretação de sonhos, conscientização de complexos e resolução de problemas, é uma técnica de conscientização progressiva, o uso da Caixa de Areia incentiva a regressão criativa e não enfatiza a importância do pensamento racional. Há, portanto, uma complementação entre esses dois processos terapêuticos.
A Caixa de Areia constitui-se em uma bandeja cheia de areia, colocada a cerca de 70 cm do chão. Suas dimensões correspondem ao ângulo de visão de uma pessoa e geralmente é pintada de azul por dentro. Quando possível, são postas à disposição do cliente, duas caixas, sendo uma com areia seca e outra com areia úmida. Este cenário serve para a construção de imagens usando-se uma grande variedade de figuras em miniatura. Estas miniaturas representam um amostra de tudo o que existe no mundo natural e sobrenatural sendo que a sua variedade e qualidade correspondem à escolha pessoal do analista que utiliza essa técnica. Portanto, a coleção de miniaturas usadas tem uma história que coincide com o desenvolvimento pessoal e profissional do terapeuta.
OBJETIVO
Introduzir a técnica do Jogo de areia na atuação psicoterapêutica de base analítica junguiana, como uma forma de contatar o inconsciente, complementando a análise verbal.
CONTEÚDO
Estudo introdutório do simbolismo na atividade lúdica com miniaturas na caixa de areia. Interpretação de séries de cenários construídos em sessões de terapia analítica junguiana.
METODOLOGIA
Apresentação de textos básicos sobre o surgimento dessa abordagem e sua ampla utilização na psicoterapia individual e familiar. Observação de cenários já realizados no intuito de compreender as relações simbólicas criadas no espaço livre e protegido da caixa de areia
A Caixa de Areia constitui-se em uma bandeja cheia de areia, colocada a cerca de 70 cm do chão, aproximadamente a altura de uma mesa comum. Suas dimensões correspondem ao ângulo de visão de uma pessoa e geralmente é pintada de azul por dentro. Quando possível, são postas à disposição do cliente, duas caixas, sendo uma com areia seca e outra com areia úmida. Este cenário serve para a construção de imagens usando-se uma grande variedade de figuras em miniatura. Estas miniaturas representam um amostra de tudo o que existe no mundo natural e sobrenatural sendo que a sua variedade e qualidade correspondem à escolha pessoal do analista que utiliza essa técnica. Portanto, a coleção de miniaturas usadas tem uma história que coincide com o desenvolvimento pessoal e profissional do terapeuta.
O que se propõe é que o paciente escolha, dentre as figuras ao seu dispor, alguma que lhe tenha chamado a atenção. À partir desta figura inicial, a vivência lúdica se instala e a pessoa se encontra criando e brincando com algo de sua própria vida. Instala-se um diálogo entre pessoa e areia à medida em que a imagem vai se formando, existindo assim uma chance de representação egóica e sélfica simultaneamente. A atitude do terapeuta é de aceitação sem crítica do que está sendo produzido. Mais tarde vai fotografar e guardar a imagem para uma posterior reflexão com o cliente sobre seu conteúdo simbólico.
Destinado a Psicólogos, educadores e profissionais da área de saúde.
Quando?
Os encontros mensais de 3h no segundo sábado do mês.